domingo, 4 de dezembro de 2016

Caixa de Pássaros- Resenha

O escolhido da vez é Caixa de Pássaros- Não abra os olhos.


Volto aqui a minha tradicional escrita sobre livros.

Imagem relacionadaConfesso que demorei alguns meses para terminá-lo. Não pelo conteúdo de suas páginas, mas por certa preguiça- fato que não me envolvia nos meus áurios tempos de leitor pré-faculdade de Direito- e outras ocupações. Ainda, talvez mais importante nesta resenha, o fato de não saber o que me esperava. Quando começamos um livro, na maioria das vezes, ouvimos falar algo sobre ele, e esse foi o caso. Tinha boas expectativas antes de começá-lo devido a boas resenhas lidas por mim no Skoob.
 Bom, o que posso dizer... Todas elas foram cumpridas com exatidão. Até a metade, eu ainda estava descrente sobre o rumo que a estória tomaria, até a noite em que escrevo essa resenha. Despretensiosamente, peguei o livro para ler alguns capítulos. Mas a história se tornou tão tensa, mas TÃO tensa, que ficou impossível de largá-lo antes do fim. Isso não deixa de ser comum entre nós leitores, mas havia um tempo considerável que isso não acontecia com a minha pessoa e me surpreendeu. Há tempos não pego um bom livro de suspense assim a ponto de me tirar a vontade de dormir- e o sono pela adrenalina ainda vigente.
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 Essa semana fui ao cinema assistir Rua Cloverfield. Bom filme, que talvez eu escreva mais sobre. De certa forma, o ritmo da narrativa do Caixa de Pássaros me lembrou muito o longa, com toda a expectativa sobre o bunker- que lembra a casa dos sobreviventes- se havia de fato algo do lado de fora ou não-criaturas ou alienígenas- qual teoria estava mais certa, todo o suspense envolvido em nunca saber o que vem em seguida, como o inimigo funciona ou age... São muitas as comparações. Todas elas positivas. Talvez eu seja suspeito para falar porque sou fã de suspense e terror psicológico. Suspeito ou não, recomendo o livro para quem é fã das mesmas características. Caso não goste de pressão e adrenalina o tempo todo- ou quase-, talvez concorde com algumas opiniões negativas que rondam o autor e sua estreia sobre falta de amadurecimento da estória. Sabe, posso dar razão a algumas dessas críticas. Achei que a narrativa poderia ter  um pouco mais de detalhes, apesar de eu passar longe de ser um fã desse tipo de escrita super detalhista, e os personagens poderiam ser melhor trabalhados. Além de Malorie, Tom e Gary, nenhum personagem se destacou e me fez ficar preso, torcendo de verdade. Creio que isso se deve ao que já foi dito, a esse livro ser o primeiro do autor que ainda tem muito a melhorar. Como destaque positivo, elejo a adrenalina constante e a brilhante ideia central de criar um inimigo invisível, que não sabemos quem é, de onde veio e o que faz com as pessoas, deixando-as aparentemente enlouquecidas. Aliás, não sabemos se essa é a melhor teoria, mas a que parece mais válida. Até mesmo a narrativa ágil e leve merece elogios, pois faz a história fluir bem e a leitura passar como um raio. Como já mencionei, faltou mais desenvolvimento de algumas cenas, diálogos e climax, mas isso não tira a graça da narrativa leve, que é a minha preferida, objetiva e sem delongas.
Mais um acerto foi escrever com idas e vindas entre o passado e o presente. Ao mesmo tempo que você já sabe o que lhe espera, com Malorie viajando sozinha com os filhos pelo barco, surge a curiosidade para saber como aquilo aconteceu e onde estão as pessoas que a acompanhavam na casa de sobreviventes. Gostei dessa técnica, deu uma graça maior.
 Como destaque negativo, indico o final. Sei que pode ser decepcionante saber que a última parte de um ótimo livro não teve o desfecho como merecia, mas preciso ser sincero. Ele foi o suficiente para parecer agradável, deixar os leitores satisfeitos, mas passou longe de ser original ou imprevisível, como a maioria acaba não sendo. Para fechar, a elogiada narrativa que poderia ser um pouco mais detalhada para ser perfeita. Agora, se o propósito do autor foi escrever de forma a direcionar o mistério e aumentar a tensão, ele conseguiu.

Nota: 9 de 10 estrelas

P.S: Os direitos já foram comprados pela Universal. Em breve, talvez em 2017, seja lançado o filme. Tenho certeza que será uma ótima adaptação.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Crítica- Bloodline- 1° temporada

Seguindo o novo projeto do Sagas Marcantes, a série da vez é Bloodline, original Netflix e lançada em 2015. Aviso: Contêm spoilers.

Eu comecei sem grandes expectativas, por se tratar de uma história de drama. Não é o meu gênero preferido, mas, como eu tenho uma queda por produções do serviço de streamming, decidi apostar. No começo, se mostrou razoável, com poucos picos de adrenalina(posso dizer até que não houve nenhum), girando em torno da apresentação dos personagens e da sua rotina. Quando chegou à metade, eu já estava pensando na minha vontade de abandoná-la, justamente pela ausência de cenas mais interessantes. Mas isso mudou a partir do episódio 7, em que o roteiro ficou mais pegado, com os problemas começando a surgir e o passado e o presente dos personagens se misturando a uma trama de perseguição policial e suspense. Não sei se posso recomendar uma série que só fica realmente chamativa a partir da metade, mas até agora segue valendo o risco. Como manda o costume, os episódios finais deram uma pitada extra de tensão e são capazes de atrair os espectadores para a continuação da história com facilidade. Parece que guardam as melhores partes e deixam para o final. Se a pessoa não tiver desistido no começo, ela com certeza vai querer ver a segunda temporada pelo que foi mostrado na última parte. Estratégia de marketing.
Gostei da construção do personagem de Danny. Aliás, quase todos são muito bem feitos. Mas o destaque ficou mesmo para o primeiro, que consegue gerar ódio e simpatia ao mesmo tempo. É uma personalidade complexa. Responsável pela morte da irmã quando criança, mesmo que acidentalmente, ele carrega o arrependimento, mágoa e raiva da família por tê-lo culpado durante todo esse tempo, e em todas as suas atitudes se vê um pouco do sentimento negativo que ele carrega pela forma com que seus irmãos o trataram depois do acidente. Depois que ele descobre as fitas com as gravações do depoimento dos irmãos, quando mentiram para proteger o pai quando o espancou, ele segue de vez para o caminho da vingança, apimentando a série e, enfim, dando-nos prazer ao assisti-la.
 Os últimos episódios são incríveis. Acabei a pouco tempo. Percebi que Bloodline é muito parecido com as novelas brasileiras, salve a comparação com o orçamento e atores daqui. Em treze episódios, conseguiu ser melhor que as atuais da Rede Globo, por um simples motivo. Ela é compacta. Não há enrolação nessa série, por mais que os capítulos do meio sejam meio arrastados. Um episódio puxa o o outro. A partir do nove, você não vai conseguir parar até terminar. Foi o meu caso. Comecei desconfiado com o drama, e terminei amante dele. A cena final me deixou doido para uma segunda temporada.
 Para terminar, recomendo muitíssimo, até pra quem gosta de histórias mais movimentadas e com adrenalina o tempo inteiro.

Nota: 4 de 5(Tiro um ponto apenas pelo meio estagnado)Destaque para a atuação: Danny, interpretado por Ben Mendelsohn.
Outro ponto forte é a fotografia, extraordinária.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Crítica- De Volta ao Jogo


Boa tarde, leitores. Venho depois de dois anos retomar o trabalho no blog, dessa vez sob um ponto de vista diferente. Decidi comentar um pouco sobre os filmes lançados e que encontro aleatoriamente pela vida. Com vida, quero dizer Netflix.
O primeiro da lista é De Volta ao Jogo, filme lançado em 2014, estrelando Keanu Reeves como protagonista. Eu comecei a assistir com grande expectativa devido aos muitos comentários positivos sobre a trama e a ação envolvida, mas foi uma grande decepção. Okay, há boas cenas de luta, mas é só. A história não faz lá muito sentido e parece que só tem tiroteio durante uma hora e quarenta minutos de filme. Perda de tempo. Para um assassino de aluguel aposentado que se vinga pela morte de um cachorro, já se pode observar que não dá pra esperar muito do desenvolvimento da história. Cachorro é fofo e o ser humano não consegue viver sem, inclusive eu, mas beira ao absurdo ele matar dezenas de pessoas por esse único motivo, que origina tantas perseguições e carnificina no filme.

NOTA: 2 de 5