domingo, 21 de fevereiro de 2016

Crítica- Bloodline- 1° temporada

Seguindo o novo projeto do Sagas Marcantes, a série da vez é Bloodline, original Netflix e lançada em 2015. Aviso: Contêm spoilers.

Eu comecei sem grandes expectativas, por se tratar de uma história de drama. Não é o meu gênero preferido, mas, como eu tenho uma queda por produções do serviço de streamming, decidi apostar. No começo, se mostrou razoável, com poucos picos de adrenalina(posso dizer até que não houve nenhum), girando em torno da apresentação dos personagens e da sua rotina. Quando chegou à metade, eu já estava pensando na minha vontade de abandoná-la, justamente pela ausência de cenas mais interessantes. Mas isso mudou a partir do episódio 7, em que o roteiro ficou mais pegado, com os problemas começando a surgir e o passado e o presente dos personagens se misturando a uma trama de perseguição policial e suspense. Não sei se posso recomendar uma série que só fica realmente chamativa a partir da metade, mas até agora segue valendo o risco. Como manda o costume, os episódios finais deram uma pitada extra de tensão e são capazes de atrair os espectadores para a continuação da história com facilidade. Parece que guardam as melhores partes e deixam para o final. Se a pessoa não tiver desistido no começo, ela com certeza vai querer ver a segunda temporada pelo que foi mostrado na última parte. Estratégia de marketing.
Gostei da construção do personagem de Danny. Aliás, quase todos são muito bem feitos. Mas o destaque ficou mesmo para o primeiro, que consegue gerar ódio e simpatia ao mesmo tempo. É uma personalidade complexa. Responsável pela morte da irmã quando criança, mesmo que acidentalmente, ele carrega o arrependimento, mágoa e raiva da família por tê-lo culpado durante todo esse tempo, e em todas as suas atitudes se vê um pouco do sentimento negativo que ele carrega pela forma com que seus irmãos o trataram depois do acidente. Depois que ele descobre as fitas com as gravações do depoimento dos irmãos, quando mentiram para proteger o pai quando o espancou, ele segue de vez para o caminho da vingança, apimentando a série e, enfim, dando-nos prazer ao assisti-la.
 Os últimos episódios são incríveis. Acabei a pouco tempo. Percebi que Bloodline é muito parecido com as novelas brasileiras, salve a comparação com o orçamento e atores daqui. Em treze episódios, conseguiu ser melhor que as atuais da Rede Globo, por um simples motivo. Ela é compacta. Não há enrolação nessa série, por mais que os capítulos do meio sejam meio arrastados. Um episódio puxa o o outro. A partir do nove, você não vai conseguir parar até terminar. Foi o meu caso. Comecei desconfiado com o drama, e terminei amante dele. A cena final me deixou doido para uma segunda temporada.
 Para terminar, recomendo muitíssimo, até pra quem gosta de histórias mais movimentadas e com adrenalina o tempo inteiro.

Nota: 4 de 5(Tiro um ponto apenas pelo meio estagnado)Destaque para a atuação: Danny, interpretado por Ben Mendelsohn.
Outro ponto forte é a fotografia, extraordinária.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Crítica- De Volta ao Jogo


Boa tarde, leitores. Venho depois de dois anos retomar o trabalho no blog, dessa vez sob um ponto de vista diferente. Decidi comentar um pouco sobre os filmes lançados e que encontro aleatoriamente pela vida. Com vida, quero dizer Netflix.
O primeiro da lista é De Volta ao Jogo, filme lançado em 2014, estrelando Keanu Reeves como protagonista. Eu comecei a assistir com grande expectativa devido aos muitos comentários positivos sobre a trama e a ação envolvida, mas foi uma grande decepção. Okay, há boas cenas de luta, mas é só. A história não faz lá muito sentido e parece que só tem tiroteio durante uma hora e quarenta minutos de filme. Perda de tempo. Para um assassino de aluguel aposentado que se vinga pela morte de um cachorro, já se pode observar que não dá pra esperar muito do desenvolvimento da história. Cachorro é fofo e o ser humano não consegue viver sem, inclusive eu, mas beira ao absurdo ele matar dezenas de pessoas por esse único motivo, que origina tantas perseguições e carnificina no filme.

NOTA: 2 de 5