segunda-feira, 20 de maio de 2013

O Nome do Vento- Resenha

Boa tarde, caros amigos leitores. Faz um bom tempo que não escrevo resenhas e nem posto nada por aqui, simplesmente desapareci, e peço mais uma vez desculpas por isso. Como a maioria aqui já passou pela adolescência, com exceção de alguns que ainda estão, como eu, todos vocês conseguem entender que meu tempo está escasso, alternado entre estudos, trabalhos e escola.
 Mas não esqueci de vocês. Nunca irei deixar de lado o trabalho que foi feito aqui, tanto pelo longo tempo e dedicação depositado na construção e manutenção do blog, nos contatos com autores e outros blogueiros, quanto pelo reconhecimento de vocês que sempre elogiam, comentam e visitam meu humilde blog. Obrigado mais uma vez, e se ainda não cansaram de desculpas e deixaram esse post de lado, vamos ao que realmente interessa.
 Eu geralmente não sigo modas, não gosto do que a grande massa toma como sua inspiração, tento evitar tudo que faz sucesso estrondoso, aquelas coisas 'de momento' sabem? Procuro pesquisar livros desconhecidos na livraria, folhear algumas obras das quais nunca ouvi falar para quem sabe me surpreender... E, sinceramente, na maioria das vezes, eu acabo gostando da história, por isso tenho mantido esse novo hábito de não me deixar levar pelos livros de momento, como foram Crepúsculo, Dezesseis Luas, Percy Jackson, Nicholas Sparks(para as meninas) e agora... O Nome do Vento. Mas lembrem-se, não estou dizendo que nenhum desses livros é ruim, até gostei de alguns, mas isso merece uma maior atenção, uma resenha mais detalhada. O objetivo do post não é criticar nem elogiar nenhum desses e sim, falar sobre o último mencionado.
 De tanto ouvir falar que O Nome do Vento é uma obra-prima, fantasticamente bom, decidi, enfim, lê-lo. Comecei com grandes expectativas, qualquer coisa pelo contrário seria estranho de minha parte, e não me decepcionei. Na verdade, apenas gostei.
 Um livro feito para quem gosta de aventuras, drama, um pitaco de romance e de mundos fantásticos e completamente inexplorados, que ainda podem render dezenas de outras histórias paralelas. Eu não sou exatamente fã desse tipo de história, geralmente prefiro algo mais realista.
 Melhor ainda se tudo se passar no nosso país maravilhoso, né? (risos) Mas me surpreendi com o tal realismo que Patrick, o autor, conseguiu incorporar a narrativa, como se estivéssemos lendo os desabafos de um ser humano normal, sofrendo dificuldades e passando por todas as situações que qualquer um de nós, mortais, também poderia passar. Gostei muito do estilo de escrita de Patrick, e essa com certeza é uma das grandes qualidades do livro.
 Outro ponto forte, fortíssimo, aliás, é a construção dos personagens. Beira ao impossível a possibilidade de algum leitor não se identificar ou se emocionar com Khovte, tamanho foi o cuidado do autor na preparação de sua personalidade, degrau por degrau, finalizando o personagem com perfeição. Humilde, vingativo, determinado, bom, cruel(Quem leu o livro sabe qual a diferença e porque os coloquei ao mesmo tempo haha...) Como podem ver, não são poucos os adjetivos que podemos dar ao protagonista.
Deixando de lado os pontos fortes do livro, chegou a hora dos sempre presentes lados negativos.
 Achei que a participação dos amigos de Kvothe, como em qualquer best-seller ou série de fantasia, poderia ser bem maior, e com certeza isso fez falta. Ninguém sobrevive sozinho, sem ajuda. Acho que a história ficaria bem mais empolgante se os personagens em volta de Kvothe pudessem participar um pouco mais de sua vida. Outra coisa que achei meio sem graça foi o romance entre Kvothe e Denna... O autor enrolou, enrolou e não conseguiu finalizar essa parte. Talvez isso se deva a real dificuldade dos adolescentes da mesma idade que o protagonista em tomar atitude em relação a garotas, mas não acho que seja isso. Espero sinceramente que o autor evolua nesse ponto no Temor do Sábio, pois deixou os fãs com um gostinho de quero mais em relação a história particular dos dois.
 Quanto ao resto, foi mediano. Se você espera ação do início ao fim, nem comece a ler. O Nome do Vento não tem muitas cenas de luta, pelo contrário, eu até senti falta disso ao passar da leitura. São seiscentas páginas retratando, basicamente, como Kvothe adquire seu conhecimento na Universidade, e por isso dá pra deduzir facilmente porque não há muita luta. Mesmo assim, foi uma experiência cativante, e espetacular ou não, pretendo ler a continuação. Mas não é um livro para se colocar na lista de prioridades, com nível máximo de emergência para leitura.
 Recomendo para amantes de fantasia, com certeza vão adorar.
Por Leonardo Vieira.
Nota 8.
Terminado dia 20\05\1998

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